Antes que ela se vá, joguei
o relógio no bueiro, a tinta na esquina e o pranto no chão. Chamei minha alma de vã e a dela de
panteão. Somos míseros humanos e a vida
nos traiu. Fábricas de animação e tristeza, árvores de aldeão, crianças,
sirenas e elas?
Antes que ela se vá, peguei
o primeiro copo e joguei meus olhos no chão, os dela no átrio. Chovia muito...
Somos dependentes do amor, este célebre amor, cimo amor... Verdes noites caíam
sem ilustração e eu temia... Chovia muito...
Fiquei com medo de tudo, e
eles sorriam com aguda ironia. Por que me indicam a estrada?
Um novo caminho, uma nova e
eletrizante estrada, uma nova prática? Somos feitos de nada? De ardência e
petulância, de arrimos e ilustríssimos feitos... O medo com seus regalos e capa
trazia um perímetro e tombo... Eu sabia, e sem receios trazia a vida conturbada
para sua harmonia.
Não, não amigo, sem essa de
me falar que “já era”, tenho medo, mas tenho coragem, sou testado a ferro e
fogo, e poucas vezes sou amortecido.
Mas antes que ela se vá, em
nosso caminho traçado e empacado, morena, seus sorrisos alucinados eram
alucinógenos à minha alma.
Ajuda-me o fim, ajudai-nos
santos, ataviados e alinhados...
Fernando Azevedo
Fernando Azevedo
Coisa boa é escrever. Aliviar a alma, gritar os sonhos e falar o que se quer dizer. Que os santos, ataviados e alinhados, te inspirem sempre. Parabéns!
ResponderExcluirAntes que ela se vá, aproveite todos os momentos e seja feliz!!!
ResponderExcluirBem vindo amigo de volta com seus escritos e pensamentos. Fiquei muito feliz. Obrigada por me avisar.
Tenha um final de semana abençoado!!!
Abraços da Bia!!!