quinta-feira, 24 de janeiro de 2013

Enquanto durar

Minha ama, minha lama, em ti pratico minha inocência e trama. Labareda inconveniente, a ponta dos dedos saltando em sete palmos, para ir ao céu e fim, tão bom ser teu que sou; serei teu tudo, teu todo e bosco, na morte de teus pais serei teu irmão e agora mais que um pão da fome, serei o que achares bem, alguém nalgum lugar bem além destas páginas de alucinação, a morte é menos que minutos, intuitos que ficam dalém, sem patas, atas, alas, cartas, folhas, escolhas, livros, arquivos, enquanto durar meu termo, enquanto durar o inflamante rio vermelho, eu estarei aqui, bem aqui...

Fernando Azevedo

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