Deixa disso, larga mão de
se orgulhar
Orgulho é coisa
feia, teia de traminhas
Orgulhecer perde o
brio
Acima de qualquer
amor a humildade ainda é anciã.
E o tempo ainda
aprisiona os homens.
E com ela e ele nós
perdemos!
E eu trouxe uma
flor que já morreu.
E uma foto de
quando eu não sabia mentir...
Desviar olhar,
fazer tempestades de orgulho!
Tenho data de
validade, dos cem não passo.
Um pouco mais, um pouco menos vaidade, validade.
Nem toda manhã sei explicar um fenômeno assim:
Pés, mãos, olhos, retribuindo sua filantropia!
Sua missão de conduzir, ver, bater...
Gosto de monossílabas dramáticas, que criam vida.
Gosto de tudo que mobiliza a vida exageradamente
até seus frutos caírem...
O orgulho vence a humildade num embate final, e os dois
saem feridos sem saber o motivo...
Aí eu danço, rio, invento toda felicidade do mundo.
Tudo segue, você segue, eu sigo...
Vencida a dor, qualquer dor, somos eternos a cada
segundo!
Triste? Não! - Por favor resplandecente, melhorando
o obscuro...
Dai-me santo adágio minha adaga, para rasgar essa
nuvem!!!
Fernando Azevedo